terça-feira, 11 de abril de 2017

Transtorno do Espectro Autista (TEA)

Nos dias 7 e 8 de Abril de 2017, no Auditório da OAB-GO, aconteceu o 2° Encontro Goiano de Autismo. O encontro teve por objetivo disseminar informações seguras e importantes sobre um dos transtornos do neurodesenvolvimento que mais tem aumentado a prevalência no mundo todo. O evento contou com a presença de palestrantes goianos e de outros estados e discussões acerca de pesquisas que estão sendo encampadas por especialistas brasileiros que buscam entender o mecanismo biológico do autismo. 

O encontro teve como público alvo pais e familiares de pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), além de profissionais e estudantes das áreas de Saúde e Educação. Durante o evento foram discutidos temas bastante relevantes tais como, diagnóstico precoce, autismo na vida adulta, psicomotricidade, inclusão, legislação e políticas públicas, adaptação curricular, pesquisas recentes em genética e Análise do Comportamento Aplicada. Foi uma excelente oportunidade de aprender, debater e compartilhar experiências.

Dados relevantes
A prevalência de casos de autismo tem aumentado de forma rápida nos últimos anos, o que acendeu sinal de alerta da Organização Mundia de Saúde (OMS) e da Associação Americana de Psiquiatria. A última pesquisa do CDC (Center of Diseases Control and Prevention) - Órgão norte-americano próximo do que representa, no Brasil, o Ministério da Saúde - mostrou que, nos Estados Unidos, a cada 45 crianças, uma está no espectro do autismo. Os dados foram divulgados em 2015. As estimativas já apontam para 70 milhões de pessoas com autismo no mundo. A título de comparação, a estimativa no Brasil dos casos de Síndrome de Down, embora não oficial, aponta a proporção de 1 para 700. Seriam cerca de 300 mil pessoas com Síndrome de Down e 2 milhões de autistas no país. O autismo tornou-se uma pauta urgente de saúde pública. As unidades do SUS não conseguem absorver a demanda de pacientes e, tratamentos particulares custam muito caro, uma vez que precisa ser intensivo e pode durar toda a vida. Além disso, não há profissionais suficientes para atender essa parcela da população. 

Popularmente conhecido como autismo, o Trastorno do Espectro Autista engloba diferentes síndromes marcadas por perturbações do desenvolvimento neurológico, com três características fundamentais, que podem manifestar-se em conjunto ou isoladamente. São elas: déficits na comunicação por deficiência no domínio da linguagem e no uso da imaginação para lidar com jogos simbólicos, dificuldades de socialização e também padrão de comportamento restritivo e repetitivo. Também chamado de Desordens do Espectro Autista (DEA), recebe o nome de espectro porque envolve situações e apresentações muito diferentes umas das outras, numa gradação que vai de mais leve a mais grave. O TEA é classificado em três graus: leve, moderado e severo. Todas, porém, em maior ou menor grau estão relacionadas com as dificuldades de comunicação e relacionamento social. 

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