Dayane Rita da Silveira
2. Por que a escola é vista como espaço e tempo de vivenciar a cidadania?
3. Qual é a relação existente entre os saberes escolares e os saberes comunitários?
4. O que são as mandalas de saberes e como elas se constituem?
5. Como se constitui a "Madala-mãe" do programa Mais Educação?
A escola é vista como o lugar onde a criança e o jovem se desenvolve, socializa-se e constrói sua identidade. Entende-se que o espaço na educação
integral é “qualquer lugar" onde se reconhecem possibilidades de novas e
diferenciadas vivências pedagógicas, de socialização ou de diálogo com a comunidade.
Vale ressaltar que o educador tem papel fundamental nesse processo de educação integral. O principal papel do educador nesse processo é saber ouvir, acolher as crianças individualmente, porém dentro do grupo, respeitar a subjetividade, desenvolvimento e potencialidades de cada um, como ser singular, respeitando o tempo de cada um.
No processo educacional o professor é visto como mediador da
compreensão, na pratica do direito a educação. Ao reavaliar o seu conceito
sobre o direito a educação, o professor deve ser sensível o suficiente para
perceber equívocos em sua prática e, assim, renovar seus conceitos, ampliando
as possibilidades de executar ações pedagógicas que promovam nos alunos
modificações na noção do direito à educação, criando neles a consciência do “direito
a ter direitos”.
Para a sociedade como um todo, somente
tem direito aqueles que estão inscritos como cidadãos numa dada sociedade.
Quando se diz que o ser humano tem direito a educação, se diz que este tem o
direito de pertencer a um grupo social, que busque o desenvolvimento do ser
humano, que respeite a pluralidade de formação de todos os envolvidos no
processo.
A concretização do direito a
aprendizagem se dá pela participação dos alunos no processo de conhecimento.
Para tanto deve haver espaços coletivos para a realização de práticas
pedagógicas que possibilitem vivência em diversos espaços, como o uso de
múltiplas linguagens, tanto para comunicação, como para pesquisa e interação
com a comunidade. A escola deve proporcionar um espaço onde o educando tem
direito a participar no processo de construção do seu conhecimento. A partir do
momento que a escola busca desenvolver todas essas características citadas, ela
passa a ser considerada como o espaço e tempo de vivenciar a cidadania.
Os saber comunitário é o
patrimônio acumulado pelo ser humano ao longo de sua história, suas
características particulares. Os saberes comunitários são os conhecimentos que
os alunos trazem para a escola, e devem ser valorizados, bem como relacionados
aos saberes escolares.
Por outro lado os saberes
escolares são os enunciados gerais que vinculam conceitos, aplicações e
mobilização dos conhecimentos. Nessa perspectiva, a escola deve ser vista como
uma comunidade de aprendizagem, isto é, pensada para além dos desafios que os diversos
conteúdos propõem cotidianamente.
Assim como deve haver um
diálogo entre a escola e a comunidade, deve haver também uma estreita relação
entre os saberes escolares e os comunitários, uma vez que, toda a experiência
trazida pelo aluno pode ser compartilhada e de grande valia para a melhor
compreensão dos saberes escolares.
Mandala dos saberes é uma
metodologia que foi desenvolvida em 2007 especificamente para a educação
integral.
Essa metodologia se
constitui a partir do diálogo entre conteúdos escolares e a cultura popular, ou
seja, aqueles conhecimentos específicos de cada ser que ele adquire no decorrer
de sua vida e que enriquecem os conhecimentos acadêmicos.
O Programa Mais Educação tem como objetivo contribuir para a formação
integral de crianças, adolescentes e jovens. As Mandalas do Programa tem como
objetivo garantir a interação entre escola e comunidade, saberes acadêmicos e
saberes comunitários, ou seja, privilegia as múltiplas relações entre todas as
esferas. As Mandalas do Mais Educação constitui-se a partir da articulação
entre escola, comunidade e programas do governo.
Percebemos então que a proposta pedagógica das Mandalas torna-se um
instrumento viável para o diálogo entre escola e comunidade, que garante a
experiência da educação integral e diversidade cultural.
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